Construir os materiais do curso, interagir com os alunos e dar-lhes feedback, avaliar o trabalho do estudante, são tarefas óbvias para o professor online. O que não é óbvio, contudo, é como essas tarefas são realizadas. Particularmente problemático é o papel do professor assim que a aula começa, que certamente afecta tanto a maneira como o curso está concebido como a forma como o trabalho do estudante é avaliado.
Anderson e colegas (2001) definem presença de ensino como consistindo em três partes: concepção/coordenação, facilitação do discurso e instrução directa. Eles utilizam " presença de ensino "em vez de " presença do professor " por considerarem a possibilidade de que outras pessoas para além do instrutor do curso possam assumir partes no papel de ensino. Eles criaram um sistema de codificação para a presença de ensino:
1- Concepção e organização educacional (configuração do currículo, conceber métodos, estabelecer parâmetros de tempo, utilizar correctamente os recursos e estabelecimento da Netiqueta).
2-Facilitar a conversação (identificar as áreas de concordância/discordância, procurar chegar a um consenso/entendimento, encorajando, reconhecendo ou reforçando as contribuições dos estudantes, estabelecer um clima de aprendizagem, baseando-se nos participantes, propondo discussão, avaliar a eficácia do processo).
3-Instrução directa (conteúdo/Questões presentes, centrar a discussão em questões específicas, resumir a discussão, confirmar a aprendizagem através da avaliação dando feedback.
Larose e Whitten (2000), aplicam o conceito de proximidade do professor online no âmbito da teoria sócio-cognitiva. Eles sugerem que a proximidade do professor, definida como "os comportamentos de ensino que promovem a aproximação ao outro e a interacção não verbal com o outro” (pag.321), constitui um factor mediador da motivação que por sua vez, medeia quer a aprendizagem social quer a cognitiva.
Schweizer et al., (2001) fizeram um estudo e no final, confirmaram que “experienciar o tutor com menos experiência social, conduz as avaliações extremamente emocionais, a reacções mais orientadas para a tarefa, mais tensas e mais formais quando comparadas com as condições em que o tutor é experinciado como tendo maior presença social”
Schweizer e colegas também encontraram diferenças significativas no uso de emoticons, sendo que os estudantes na condição de mais baixa presença de ensino usam-nos mais frequentemente do que os estudantes na condição de mais elevada presença de ensino. Eles descrevem isto como uma adaptação da parte dos estudantes da primeira condição às exigências da baixa presença de ensino do professor.
Bibliografia
Raven M. Wallace (2003)